domingo, 28 de dezembro de 2014
quinta-feira, 25 de dezembro de 2014
casos famosos
Alguns casos famosos[editar | editar código-fonte]
Arquimedes[editar | editar código-fonte]
Arquimedes (287-212 a.C.), um grande matemático e inventor grego, tomava seu banho imerso em uma banheira, quando teve o que hoje chamamos de insight e, repentinamente, encontrou a solução para um problema que o atormentava havia tempos. Seria a coroa do rei de Siracusa realmente de ouro? Dizem que Arquimedes teria saído à rua nu gritando Eureka! Eureka! (Encontrei!). Ele havia descoberto um dos princípios fundamentais da hidrostática, que seria conhecido futuramente como o "Princípio de Arquimedes".
Kekulé[editar | editar código-fonte]
O químico alemão August Kekulé (1829-1896) durante uma noite do ano de 1865, apos uma década pesquisando as ligações de moléculas de carbono, adormeceu defronte a lareira sonhando com uma cobra que mordia o próprio rabo, a Ouroboros, a visão serviu de base para a apreensão da estrutura molecular do hidrocarboneto benzeno. O sonho e a visão serviriam de base não só para o entendimento de como os átomos do anel benzênico se ligavam entre si como de princípio básico da química orgânica e do entendimento das estruturas em anéis, treliças e cadeias formadas pelo carbono.
Alexander Fleming[editar | editar código-fonte]
Ao se preparar para entrar em férias por duas semanas, Alexander Fleming inoculou estafilococos em uma bandeja e, ao invés de colocá-la na incubadora, como normalmente fazia, resolveu deixá-la sobre a bancada.
No andar de baixo do laboratório de Fleming trabalhava um perito em bolores que cultivava, entre outros, os esporos de um fungo desconhecido, o Penicillium notatum. Imagina-se que os esporos, muito leves, tenham sido levados pelo vento e estavam flutuando em grande quantidade no ar do laboratório de Fleming, cuja porta sempre ficava aberta.
Retornando das férias, e encontrando o laboratório em grande desordem, Fleming começou a fazer uma limpeza geral. Repentinamente, uma das bandejas de estafilococos que estava prestes a ser desinfetada chamou-lhe a atenção. A placa apresentava uma larga zona clara totalmente desprovida de estafilococos, justamente a parte que estava cercada pelo mofoPenicillium. Fleming havia descoberto a penicilina, primeira droga capaz de curar inúmeras infecções bacterianas.
Galvani[editar | editar código-fonte]
Em seus estudos, dissecando rãs em uma mesa enquanto conduzia experimentos com eletricidade estática, um dos assistentes de Galvani tocou em um nervo ciático de uma rã com um escalpelo metálico, o que produziu uma reação muscular na região tocada sempre que eram produzidas faíscas em uma máquina eletrostática próxima. Tal observação fez com que Galvani investigasse a relação entre a eletricidade e a animação - vida. Por isso é atribuída a Galvani a descoberta da bioeletricidade.
A própria palavra eletricidade vem de um relato do filósofo grego Tales de Mileto: ao se esfregar âmbar com pele de carneiro, observou-se que pedaços de palha eram atraídos pelo âmbar. A palavra eléktron significa âmbar em grego.
Cade[editar | editar código-fonte]
John Cade era um desconhecido psiquiatra australiano que perseguia a crença de que pacientes maníacos excretavam ácido úrico altamente concentrado. Para testar sua hipótese, Cade injetava um preparado que fazia a partir da urina dos pacientes em cobaias. Havia, no entanto, sérios problemas de solubilidade nas amostras usadas e, para resolver esse entrave, Cade passou a usar urato de lítio.
Inesperadamente as cobaias ficavam calmas e passivas durante os experimentos, contrastando com seu comportamento usualmente agitado e arredio.
O urato de lítio revelou uma das maiores revoluções na psiquiatria moderna. A partir daí Cade ainda fez testes em humanos em casos extremamente graves de mania aguda.
Até hoje, mais de cinqüenta anos depois, o lítio permanece como um dos principais tratamentos para pacientes com mania grave, graças aos inesperadamente calmos porquinhos da índia observados pelo Dr. Cade 1 .
A estrutura da serendipidade[editar | editar código-fonte]
Ao invés de ter o mesmo significado que eventos aleatórios, a serendipidade não pode ser assumida, rotineiramente, de forma errada como sinônimo de um “acidente feliz” (Ferguson, 1999; Khan, 1999), de descobrir coisas sem estar buscando por elas (Austin, 2003), ou de “uma agradável surpresa (Tolson, 2004)..
O New Oxford Dictionary of English define serendipidade como a ocorrência e o desenvolvimento de eventos, por acaso, de forma satisfatória ou benéfica, entendendo o acaso como qualquer evento que acontece na ausência de qualquer projeto óbvio (aleatoriamente ou acidentalmente), que não é relevante para qualquer necessidade presente, ou no qual a causa é desconhecida.
Inovações apresentadas como exemplo de serendipidade apresentam uma característica importante: foram feitas por indivíduos capazes de “ver pontes onde outros viam buracos” e ligar eventos de modo criativo com base na percepção de um vínculo significativo.
A chance é um evento, a serendipidade uma capacidade. O Prêmio Nobel Paul Flory sugere que invenções significativas não são meros acidentes.
Serendipidade e descobertas científicas[editar | editar código-fonte]
A serendipidade pode desempenhar um papel importante na busca da verdade, mas em função do tradicional comportamento científico e pensamento científico baseado na logica e na previsibilidade é, muitas vezes, ignorado na literatura cientifica.
Pesquisadores bem sucedidos conseguem observar os resultados de forma atenta,com disposição para a analisarem um fenomeno sob as mais diversas e diferentes perspectivas. Questionam a si mesmos sobre pressupostos que não se encaixam com as observações empíricas. Percebendo que eventos serendipidados podem gerar importantes ideias de pesquisa, estes pesquisadores reconhecem e apreciam o inesperado, encorajando seus assistentes a observarem e discutirem fatos inesperados.
Serendipidade pode ser obtida em ambientes de grupos a fim de que a “massa critica” de cientistas multidisciplinares trabalhando unidos em um ambiente que favorece as comunicações, firmando a ideia de que o trabalho e interesse de um pesquisador pode ser compartilhado como outro que pode descobrir uma nova aplicação para um novo conhecimento.
Serendipidade e inovação[editar | editar código-fonte]
A serendipidade é tipicamente usada de forma incorreta como sinônimo de oportunidade coincidência, sorte ou providência, um conceito que prejudica a apreciação do termo em relação á sua contribuição para o processos de inovação.
Trata-se de uma qualidade muitas vezes incompreendida para a descoberta e inovação. Pode se constituir numa ferramenta poderosa na contribuição de percepções inovadoras que conduzem à realização de visões empreendedoras. Entender o processo de seu desenvolvimento e utilização, os gestores e pesquisadores podem usar o acaso como importante contribuição para o sucesso competitivo da empres
"O acaso só favorece a mente preparada" (Louis Pasteur)
Serendipidade
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Serendipidade, também conhecido como Serendipismo, Serendiptismo ou ainda Serendipitia, é um anglicismo que se refere às descobertas afortunadas feitas, aparentemente, por acaso.
A história da ciência está repleta de casos que podem ser classificados como serendipismo. O conceito original de serendipismo foi muito usado em sua origem. Nos dias de hoje, é considerado como uma forma especial de criatividade, ou uma das muitas técnicas de desenvolvimento do potencial criativo de uma pessoa adulta, que alia perseverança, inteligência e senso de observação.
“ O acaso só favorece a mente preparada ”
·
A palavra Serendipismo se origina da palavra inglesa Serendipity, criada pelo escritor britânico Horace Walpole em 1754, a partir do conto persa infantil Os três príncipes de Serendip. Esta história de Walpole conta as aventuras de três príncipes do Ceilão, actual Sri Lanka, que viviam fazendo descobertas inesperadas, cujos resultados eles não estavam procurando realmente. Graças à capacidade deles de observação e sagacidade, descobriam “acidentalmente” a solução para dilemas impensados. Esta característica tornava-os especiais e importantes, não apenas por terem um dom especial, mas por terem a mente aberta para as múltiplas possibilidades.
Serendib é o nome que os comerciantes árabes da antiguidade deram ao atual Sri Lanka (um entre vários nomes dados a esta ilha através de sua história, sendo que os cartógrafosgregos antigos a chamavam de Taprobana; já o atual nome do país significa Terra Resplandecente no idioma sânscrito, conforme registrado nos antigos épicos indianos Mahabharata eRamayana; finalmente, com a chegada dos portugueses, a ilha recebeu o nome luso de Ceilão, do qual deriva a versão inglesa Ceylon).
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Serendipidade, também conhecido como Serendipismo, Serendiptismo ou ainda Serendipitia, é um anglicismo que se refere às descobertas afortunadas feitas, aparentemente, por acaso.
A história da ciência está repleta de casos que podem ser classificados como serendipismo. O conceito original de serendipismo foi muito usado em sua origem. Nos dias de hoje, é considerado como uma forma especial de criatividade, ou uma das muitas técnicas de desenvolvimento do potencial criativo de uma pessoa adulta, que alia perseverança, inteligência e senso de observação.
“ | O acaso só favorece a mente preparada | ” |
·
A palavra Serendipismo se origina da palavra inglesa Serendipity, criada pelo escritor britânico Horace Walpole em 1754, a partir do conto persa infantil Os três príncipes de Serendip. Esta história de Walpole conta as aventuras de três príncipes do Ceilão, actual Sri Lanka, que viviam fazendo descobertas inesperadas, cujos resultados eles não estavam procurando realmente. Graças à capacidade deles de observação e sagacidade, descobriam “acidentalmente” a solução para dilemas impensados. Esta característica tornava-os especiais e importantes, não apenas por terem um dom especial, mas por terem a mente aberta para as múltiplas possibilidades.
Serendib é o nome que os comerciantes árabes da antiguidade deram ao atual Sri Lanka (um entre vários nomes dados a esta ilha através de sua história, sendo que os cartógrafosgregos antigos a chamavam de Taprobana; já o atual nome do país significa Terra Resplandecente no idioma sânscrito, conforme registrado nos antigos épicos indianos Mahabharata eRamayana; finalmente, com a chegada dos portugueses, a ilha recebeu o nome luso de Ceilão, do qual deriva a versão inglesa Ceylon).
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
domingo, 21 de dezembro de 2014
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
sábado, 6 de dezembro de 2014
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
domingo, 9 de novembro de 2014
RECEITUÁRIO SORTIDO
Receituário Sortido
Calma.
É preciso ter calma no Brasil
calmina
calmarian
calmogen
calmovita.
Que negócio é esse de ansiedade?
Não quero ver ninguém ansioso.
O cordão dos ansiosos enfretemos:
ansipan!
Ansiotex!
ansiex ansiax ansiolax,
ansiopax, amigos!
Serenidade, amor, serenidade.
Dissolve-se a seresta no sereno?
Fecha os olhos: serenium,
serenex...
Dói muito o teu dodói de alma?
Em seda e sedativo te protejas.
Sedax, meu coração,
sedolin
sedotex
sedomepril.
Meu bem, relaxe por favor.
Relaxan
Relaxatil.
Batem, batem à porta? Relax-pan.
Estás tenso, meu velho?
Tenso de alta tensão, intensa, túrbida?
Atenção: tensoben
tensocren
tensocrin
tensik
tensoplisin.
Anda, cai no sono,
amigo, olha o sonix.
Como soa o sonil
sonipan sonotal
sonoasil
sonobel sonopax!
E fique aí tranqüilo tranquilinho
bem tranquil
tranquilid
tranquilase
tranquilan
tranquilin
tranquix tranquiex
tranquimax
tranquisan
e mesmo tranxilene!
Estás píssico, talvez
de tanto desencucarem tua cuca?
Estás perplexo?
Não ouves o pipilar: psicoplex?
psicodin
psiquim
psicobiome
psicolatil?
Não sentes adejar: psicopax?
Então morre, amizade. Morre presto,
morre já, morre urgente,
antes que em drágea cápsula ampola flaconete
proves letalex
mortalin
obituaran
homicidil
thanatex thanatil
thanatipum!
Carlos Drummond de Andrade “Discurso de Primavera”
É preciso ter calma no Brasil
calmina
calmarian
calmogen
calmovita.
Que negócio é esse de ansiedade?
Não quero ver ninguém ansioso.
O cordão dos ansiosos enfretemos:
ansipan!
Ansiotex!
ansiex ansiax ansiolax,
ansiopax, amigos!
Serenidade, amor, serenidade.
Dissolve-se a seresta no sereno?
Fecha os olhos: serenium,
serenex...
Dói muito o teu dodói de alma?
Em seda e sedativo te protejas.
Sedax, meu coração,
sedolin
sedotex
sedomepril.
Meu bem, relaxe por favor.
Relaxan
Relaxatil.
Batem, batem à porta? Relax-pan.
Estás tenso, meu velho?
Tenso de alta tensão, intensa, túrbida?
Atenção: tensoben
tensocren
tensocrin
tensik
tensoplisin.
Anda, cai no sono,
amigo, olha o sonix.
Como soa o sonil
sonipan sonotal
sonoasil
sonobel sonopax!
E fique aí tranqüilo tranquilinho
bem tranquil
tranquilid
tranquilase
tranquilan
tranquilin
tranquix tranquiex
tranquimax
tranquisan
e mesmo tranxilene!
Estás píssico, talvez
de tanto desencucarem tua cuca?
Estás perplexo?
Não ouves o pipilar: psicoplex?
psicodin
psiquim
psicobiome
psicolatil?
Não sentes adejar: psicopax?
Então morre, amizade. Morre presto,
morre já, morre urgente,
antes que em drágea cápsula ampola flaconete
proves letalex
mortalin
obituaran
homicidil
thanatex thanatil
thanatipum!
Carlos Drummond de Andrade “Discurso de Primavera”
domingo, 31 de agosto de 2014
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
passarinho comendo arroz
“É possível
enganar parte do povo todo tempo.
É possível
enganar parte do tempo todo povo.
Jamais se
enganará todo povo, todo tempo.”
É possível
enganar parte do tempo todo povo.
Jamais se
enganará todo povo, todo tempo.”
Abraham Lincoln “É possível
enganar parte do povo todo tempo.
É possível
enganar parte do tempo todo povo.
Jamais se
enganará todo povo, todo tempo.”
Abraham Lincoln “É possível
enganar parte do povo todo tempo.
É possível
enganar parte do tempo todo povo.
Jamais se
enganará todo povo, todo tempo.”
Abraham Lincoln “É possível
enganar parte do povo todo tempo.
É possível
enganar parte do tempo todo povo.
Jamais se
enganará todo povo, todo tempo.”
Abraham Lincoln
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
arroz pra passarinho: DONA FELICIDADE
arroz pra passarinho: DONA FELICIDADE: DONA FELICIDADE Dona Felicidade é uma velhinha, Tão velha como o destino, Que mora numa velha capelinha ...
terça-feira, 26 de agosto de 2014
arroz pra passarinho: Véspera. Gosto dessa palavra. Vésper a estrela da ...
arroz pra passarinho: Véspera. Gosto dessa palavra. Vésper a estrela da ...: Véspera. Gosto dessa palavra. Vésper a estrela da tarde. A que nos faz vespertinos. O que seria ser vespertino? Serei eu. Serei v...
Anda a ler, vagarosamente, no ritmo do si-mesma,
“Correspondências de Clarice Lispector”.
Gosta de cartas. Tanto de lê-las
quanto de recebê-las.
Numas, sujeito ,noutras, objeto. Vai de s e volta
para si
São os lugares que ocupa: Ego mei mihi me me. Acha isso
curioso.
Lamenta o destino de
quase d as cartas recebidas ou remetidas.
Quanto se perdeu
ali? Perdeu-se tanto!
O fogo queimou? Não apagou?
Apagaram-se pelo
fogo as labaredas...
Imagine-se a ler a linguagem das labaredas. Somente isso.
As labaredas, que se
deseja(m) traduzir, desconhecem as limitações da linguagem.
Limitações fronteiriças a um lugar outro, fronteiriço ao
desconhecido.
O impossível? O incognoscível?. O incógnito?
Uma vez foi dito: destruir as cartas recebidas pelo receio de
profanação
E por assim ter pensado fez um fogaréu dentro da churrasqueira, que
até espanto causou.
Não entendia ainda
que só se profanavam os santos...
Queimou-se o
sagrado já sido.?
Terá cometido heresia?
A fome do fogo: Festança de fantasmas faceiros ao som de
afaaaaagos...
terça-feira, 29 de julho de 2014
domingo, 27 de julho de 2014
arroz pra passarinho: Véspera. Gosto dessa palavra. Vésper a estrela da ...
arroz pra passarinho: Véspera. Gosto dessa palavra. Vésper a estrela da ...: Véspera. Gosto dessa palavra. Vésper a estrela da tarde. A que nos faz vespertinos. O que seria ser vespertino? Serei eu. Serei v...
Véspera. Gosto dessa palavra. Vésper a estrela da tarde.
A que nos faz
vespertinos.
O que seria ser vespertino?
Serei eu.
Serei você?!
Serei eu?
Cruz credo parece o jogo da velha!....
O que será do que vira´?
E do advir?
Trilho meu caminho
Do sem voltas e do sem
fim
Tenho estado curiosa com o trabalho
Em que vi algumas
passagens.
Momentos há que diante do que se diz O que se diz é o dito.
Bendito- maldito
Bendito/maldito
BENEDITO.
Bem dito.O bem dito sugere um dizer.
Qual terá sido esse dizer?
O dito dizer? O dizer dito?
É algo que apraz pesquisar
A imagem que me vem é de um mergulhador
Mergulhar na água
Ir descobrindo pouco a pouquinho
Das Profundezas desconhecidas
Do ser ele mesmo ( Être Soi Même).
De ser ele mesmo.
Mais voltas e a fita das letras das palavras
Embaralham-se bem
Fita em movimento move letras a dançarem.
Já pensou? Um dança de letras?
segunda-feira, 14 de julho de 2014
domingo, 6 de julho de 2014
sábado, 5 de julho de 2014
quinta-feira, 19 de junho de 2014
domingo, 13 de abril de 2014
“Que é que haveria depois do universo? Nada. Mas haveria qualquer coisa em
volta do universo para mostrar onde ele parava antes de começar o lugar do
nada? Não poderia ser uma parede; mas bem que poderia ser uma linha fininha,
bem fininha lá em volta de tudo. Era uma coisa muito grande para poder pensar
em todas aquelas coisas e em todos aqueles lugares. Só Deus poderia fazer isso.
Tentou imaginar que enorme pensamento poderia ser esse, mas só conseguiu pensar
em Deus. Deus era o nome de Deus, assim como o nome dele era Stephen. Dieu era
o nome francês para Deus e quando alguém rezava e dizia Dieu, então Deus
imediatamente ficava sabendo que era uma pessoa francesa que estava rezando.
Mas, embora houvesse nomes diferentes para Deus em todas as diferentes línguas
do mundo, e Deus compreendesse o que era que todas as pessoas rezavam que
rezavam, diziam em suas línguas diferentes, ainda assim Deus permanecia sempre
o mesmo deus e o nome verdadeiro de Deus era Deus.
Cansou-se muito de pensar desta maneira. Acabou sentindo a cabeça ficar
muito grande.”
James
Joyce
“O Retrato do Artista quando Jovem”
sexta-feira, 4 de abril de 2014
ÚNI DÚNI,TÊNI
Úni
Dúni Têni
salamêni.
Balança, meu bem, balança
entre um e outro trapézio.
No verde tom da esperança,
a cor de prata do césio.
Circula o riso no e
como sangue nas artérias.
Os saltos mais perigosos
são fiorituras aéreas.
No limite da coragem,
no vão entre céu e terra,
um anjo luminescente
zomba da morte e da guerra.
É anjo? ou mulher? ou homem?
Sobre a pergunta sem nexo,
o novo arco-íris desdobra
todos os raios do sexo.
(Carlos Drummond de Andrade)
salamêni.
Balança, meu bem, balança
entre um e outro trapézio.
No verde tom da esperança,
a cor de prata do césio.
Circula o riso no e
como sangue nas artérias.
Os saltos mais perigosos
são fiorituras aéreas.
No limite da coragem,
no vão entre céu e terra,
um anjo luminescente
zomba da morte e da guerra.
É anjo? ou mulher? ou homem?
Sobre a pergunta sem nexo,
o novo arco-íris desdobra
todos os raios do sexo.
(Carlos Drummond de Andrade)
Fiorituras= ornamentos, floreios.
domingo, 16 de fevereiro de 2014
DEU PANGO-SURUPANGO
DEU PANGO-SURUPANGO
Uma velha tinha nove filhas,
Todas a fazer biscoito;
Deu pango-surupango numa delas
E das nove ficaram, oito.
Essas oito – meu bem! – que ficaram
Foram comprar confete;
Deu pango-surupango numa delas
E das oito ficaram sete.
Essas sete - meu bem! – que ficaram
Foram jogar xadrez;
Deu pango-surupango numa delas
E das sete ficaram seis.
Essas seis – meu bem! – que ficaram
Foram comprar um brinco;
Deu pango-surupango numa delas
E das seis ficaram cinco.
Essas cinco – meu bem! – que ficaram
Foram um dia ao teatro;
Deu pango- surupango numa delas
E das cinco ficaram quatro.
Essas quatro - meu
bem! – que ficaram
Foram aprender francês;
Deu pango-surupango numa delas
E das quatro ficaram três.
Essas três – meu bem – que ficaram
Foram passear nas ruas;
Deu pango-surupango numa delas
E das três ficaram duas.
Essas duas - meu bem –
que ficaram
Foram brincar na espuma;
Deu pango-surupango numa delas
E das duas ficou só uma.
Essa uma – meu bem! – que ficou
Foi para a correção
Deu pango-surupango na coitada
E acabou-se a geração!
Antonio de Pádua
Morse –“ Quem contou foi o Mindinho”
sábado, 15 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
DONA FELICIDADE
DONA
FELICIDADE
Dona
Felicidade é uma velhinha,
Tão velha como o destino,
Que mora numa
velha capelinha
De uma só porta e só de um sino!
Dizem que é
feiticeira:
Que toda
sexta-feira
Monta à
vassoura e vai para o sabbat...
E aparece aos
mancebos nas estradas,
Como as boemias
Willis encantadas,
Prometendo Tesouros
que não dá.
Entretanto,
eu me lembro, quando criança,
Minha avó não
cansava de contar:
“Dona Felicidade
é a Santa esperança,
Cabelos de
ouro e olhos cor do mar...”
Mas pelo
tempo que ela foi gerada,
_Antes do
paraíso de Moisés,
Hoje, deve
estar toda encarquilhada,
Cabelos brancos,
arrastando os pés!
Dona Felicidade
é uma velhinha
Tão velha como o destino
Que mora numa
velha capelinha
De uma só porta e só de um sino!
Ela é boa
senhora. Se hoje em dia
Não abre a
sua porta a qualquer peregrino,
Como outrora fazia,
Conforme a
lenda do melhor destino
É que está
cega, surda e já não anda
De tão
velhinha que ela está.
Apesar disto,
a Bíblia sempre manda:
“Batei... batei
que ela vos abrirá.”
(Theoderick
de Almeida / Ouro, incenso e Myrrha, 1931)
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Lira do amor romântico Ou a eterna repetição
Atirei um limão n’água
e fiquei vendo na margem.Os peixinhos responderam:
Quem tem amor tem coragem.
Atirei um limão n’água
e caiu enviesado.
Ouvi um peixe dizer:
Melhor é o beijo roubado.
Atirei um limão n’água,
como faço todo ano.
Senti que os peixes diziam:
Todo amor vive de engano.
Atirei um limão n’água,
como um vidro de perfume.
Em coro os peixes disseram:
Joga fora teu ciúme.
Atirei um limão n’água
mas perdi a direção.
Os peixes, rindo, notaram:
Quanto dói uma paixão!
Atirei um limão n’água,
ele afundou um barquinho.
Não se espantaram os peixes:
faltava-me o teu carinho.
Atirei um limão n’água,
o rio logo amargou.
Os peixinhos repetiram:
É dor de quem muito amou.
Atirei um limão n’água,
o rio ficou vermelho
e cada peixinho viu
meu coração num espelho.
Atirei um limão n’água
mas depois me arrependi.
Cada peixinho assustado
me lembra o que já sofri.
Atirei um limão n’água,
antes não tivesse feito.
Os peixinhos me acusaram
de amar com falta de jeito.
Atirei um limão n’água,
fez-se logo um burburinho.
Nenhum peixe me avisou
da pedra no meu caminho.
Atirei um limão n’água,
de tão baixo ele boiou.
Comenta o peixe mais velho:
Infeliz quem não amou.
Atirei um limão n’água,
antes atirasse a vida.
Iria viver com os peixes
a minh’alma dolorida.
Atirei um limão n’água,
pedindo à água que o arraste.
Até os peixes choraram
porque tu me abandonaste.
Atirei um limão n’água.
Foi tamanho o rebuliço
que os peixinhos protestaram:
Se é amor, deixa disso.
Atirei um limão n’água,
não fez o menor ruído.
Se os peixes nada disseram,
tu me terás esquecido?
Atirei um limão n’água,
caiu certeiro: zás-trás.
Bem me avisou um peixinho:
Fui passado pra trás.
Atirei um limão n’água,
de clara ficou escura.
Até os peixes já sabem:
você não ama: tortura.
Atirei um limão n’água
e caí n’água também,
pois os peixes me avisaram,
que lá estava meu bem.
foi levado na corrente.
Senti que os peixes diziam:
Hás de amar eternamente.
Carlos Drummond de Andrade / Amar se aprende amando/
domingo, 2 de fevereiro de 2014
sábado, 1 de fevereiro de 2014
A História do Sr. Shi que Comia Leões
Início de ano, uma postagem mais leve:
Um pequeno conto, escrito em Chinês Clássico, em que todos os caracteres são pronunciados "Shi", mudando apenas o tom (se você já estudou um pouco de chinês, já sabe o que é isso; caso contrário, continue lendo aqui dentro dos parênteses: cada ideograma é uma sílaba, cada sílaba é composta de um som inicial, um som final e um TOM = a entonação própria da sílaba. Se pronunciarmos o tom de maneira errada, não seremos compreendidos).
《施氏食狮史》
石室诗士施氏,嗜狮,誓食十狮。施氏时时适市视狮。十时, 适十狮适市。是时,适施氏适市。氏视是十狮,恃矢势, 使是十狮逝世。氏拾是十狮尸,适石室。石室湿,氏使侍拭石室。 石室拭,氏始试食是十狮。食时,始识是十狮,实十石狮尸。 试释是事。
Transcrição Pinyin:
shi shi shi shi shi shi, shi shi, shi shi shi shi. shi shi shi shi shi shi shi shi. shi shi, shi shi shi shi shi. shi shi shi shi shi, shi shi shi, shi shi shi shi shi shi. shi shi shi shi shi shi, shi shi shi. shi shi shi, shi shi shi shi shi shi, shi shi shi, shi shi shi, shi shi shi shi shi shi. shi shi shi, shi shi shi shi shi shi shi. shi shi, shi shi shi shi shi. shi shi shi shi.
Tradução:
"A História do Sr. Shi que Comia Leões"
Era uma vez, um poeta chamado sr. Shi. Ele apreciava muito comer leões e vivia numa casa de pedra. Ele estava querendo comer dez leões. Sr. Shi visitava o mercado de tempos em tempos. Um dia, às dez horas, dez leões apareceram no mercado. E aconteceu do sr. Shi chegar no mercado naquele mesmo momento. Sr. Shi viu que haviam dez leões, e os matou com flechas. Sr. Shi pegou os cadáveres e levou-os de volta para a casa de pedra. Mas a casa de pedra estava úmida, então o sr. Shi ordenou ao servo que secasse e limpasse a casa. Quando a casa ficou limpa, o sr. Shi começou a comer os dez leões mortos. Mas enquanto ele comia, ele descobriu que os cadáveres dos dez leões mortos que ele tinha trazido de volta eram, na verdade, cadáveres de leões feitos de pedra. Você pode explicar isso?
Obs:
Se quiser ouvir, ouça um chinês lendo a história:
http://www.youtube.com/watch?v=Ckx8eHeWBn0
Um pequeno conto, escrito em Chinês Clássico, em que todos os caracteres são pronunciados "Shi", mudando apenas o tom (se você já estudou um pouco de chinês, já sabe o que é isso; caso contrário, continue lendo aqui dentro dos parênteses: cada ideograma é uma sílaba, cada sílaba é composta de um som inicial, um som final e um TOM = a entonação própria da sílaba. Se pronunciarmos o tom de maneira errada, não seremos compreendidos).
《施氏食狮史》
石室诗士施氏,嗜狮,誓食十狮。施氏时时适市视狮。十时,
Transcrição Pinyin:
shi shi shi shi shi shi, shi shi, shi shi shi shi. shi shi shi shi shi shi shi shi. shi shi, shi shi shi shi shi. shi shi shi shi shi, shi shi shi, shi shi shi shi shi shi. shi shi shi shi shi shi, shi shi shi. shi shi shi, shi shi shi shi shi shi, shi shi shi, shi shi shi, shi shi shi shi shi shi. shi shi shi, shi shi shi shi shi shi shi. shi shi, shi shi shi shi shi. shi shi shi shi.
Tradução:
"A História do Sr. Shi que Comia Leões"
Era uma vez, um poeta chamado sr. Shi. Ele apreciava muito comer leões e vivia numa casa de pedra. Ele estava querendo comer dez leões. Sr. Shi visitava o mercado de tempos em tempos. Um dia, às dez horas, dez leões apareceram no mercado. E aconteceu do sr. Shi chegar no mercado naquele mesmo momento. Sr. Shi viu que haviam dez leões, e os matou com flechas. Sr. Shi pegou os cadáveres e levou-os de volta para a casa de pedra. Mas a casa de pedra estava úmida, então o sr. Shi ordenou ao servo que secasse e limpasse a casa. Quando a casa ficou limpa, o sr. Shi começou a comer os dez leões mortos. Mas enquanto ele comia, ele descobriu que os cadáveres dos dez leões mortos que ele tinha trazido de volta eram, na verdade, cadáveres de leões feitos de pedra. Você pode explicar isso?
Obs:
Se quiser ouvir, ouça um chinês lendo a história:
http://www.youtube.com/watch?v=Ckx8eHeWBn0
QUARTA-
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
arroz pra passarinho: INOUYE'S JAPANESE-ENGLISH DICTIONARY
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INOUYE'S JAPANESE-ENGLISH DICTIONARY
Se alguma instituição ou pessoa estiver interessada em adquirir este dicionario Japonês-Inglês de
autoria de Jukichi Inouye, de Março de 1909, 1872 páginas, entre em contato comigo incluindo sua avaliação.
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carmen.salgado@gmail.com
sábado, 18 de janeiro de 2014
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