quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

casos famosos

Alguns casos famosos[editar | editar código-fonte]

Arquimedes[editar | editar código-fonte]

Arquimedes (287-212 a.C.), um grande matemático e inventor grego, tomava seu banho imerso em uma banheira, quando teve o que hoje chamamos de insight e, repentinamente, encontrou a solução para um problema que o atormentava havia tempos. Seria a coroa do rei de Siracusa realmente de ouro? Dizem que Arquimedes teria saído à rua nu gritando Eureka! Eureka! (Encontrei!). Ele havia descoberto um dos princípios fundamentais da hidrostática, que seria conhecido futuramente como o "Princípio de Arquimedes".

Kekulé[editar | editar código-fonte]

O químico alemão August Kekulé (1829-1896) durante uma noite do ano de 1865, apos uma década pesquisando as ligações de moléculas de carbono, adormeceu defronte a lareira sonhando com uma cobra que mordia o próprio rabo, a Ouroboros, a visão serviu de base para a apreensão da estrutura molecular do hidrocarboneto benzeno. O sonho e a visão serviriam de base não só para o entendimento de como os átomos do anel benzênico se ligavam entre si como de princípio básico da química orgânica e do entendimento das estruturas em anéis, treliças e cadeias formadas pelo carbono.

Alexander Fleming[editar | editar código-fonte]

Ao se preparar para entrar em férias por duas semanas, Alexander Fleming inoculou estafilococos em uma bandeja e, ao invés de colocá-la na incubadora, como normalmente fazia, resolveu deixá-la sobre a bancada.
No andar de baixo do laboratório de Fleming trabalhava um perito em bolores que cultivava, entre outros, os esporos de um fungo desconhecido, o Penicillium notatum. Imagina-se que os esporos, muito leves, tenham sido levados pelo vento e estavam flutuando em grande quantidade no ar do laboratório de Fleming, cuja porta sempre ficava aberta.
Retornando das férias, e encontrando o laboratório em grande desordem, Fleming começou a fazer uma limpeza geral. Repentinamente, uma das bandejas de estafilococos que estava prestes a ser desinfetada chamou-lhe a atenção. A placa apresentava uma larga zona clara totalmente desprovida de estafilococos, justamente a parte que estava cercada pelo mofoPenicillium. Fleming havia descoberto a penicilina, primeira droga capaz de curar inúmeras infecções bacterianas.

Galvani[editar | editar código-fonte]

Em seus estudos, dissecando rãs em uma mesa enquanto conduzia experimentos com eletricidade estática, um dos assistentes de Galvani tocou em um nervo ciático de uma rã com um escalpelo metálico, o que produziu uma reação muscular na região tocada sempre que eram produzidas faíscas em uma máquina eletrostática próxima. Tal observação fez com que Galvani investigasse a relação entre a eletricidade e a animação - vida. Por isso é atribuída a Galvani a descoberta da bioeletricidade.
A própria palavra eletricidade vem de um relato do filósofo grego Tales de Mileto: ao se esfregar âmbar com pele de carneiro, observou-se que pedaços de palha eram atraídos pelo âmbar. A palavra eléktron significa âmbar em grego.

Cade[editar | editar código-fonte]

John Cade era um desconhecido psiquiatra australiano que perseguia a crença de que pacientes maníacos excretavam ácido úrico altamente concentrado. Para testar sua hipótese, Cade injetava um preparado que fazia a partir da urina dos pacientes em cobaias. Havia, no entanto, sérios problemas de solubilidade nas amostras usadas e, para resolver esse entrave, Cade passou a usar urato de lítio.
Inesperadamente as cobaias ficavam calmas e passivas durante os experimentos, contrastando com seu comportamento usualmente agitado e arredio.
O urato de lítio revelou uma das maiores revoluções na psiquiatria moderna. A partir daí Cade ainda fez testes em humanos em casos extremamente graves de mania aguda.
Até hoje, mais de cinqüenta anos depois, o lítio permanece como um dos principais tratamentos para pacientes com mania grave, graças aos inesperadamente calmos porquinhos da índia observados pelo Dr. Cade 1 .

A estrutura da serendipidade[editar | editar código-fonte]

Ao invés de ter o mesmo significado que eventos aleatórios, a serendipidade não pode ser assumida, rotineiramente, de forma errada como sinônimo de um “acidente feliz” (Ferguson, 1999; Khan, 1999), de descobrir coisas sem estar buscando por elas (Austin, 2003), ou de “uma agradável surpresa (Tolson, 2004)..
New Oxford Dictionary of English define serendipidade como a ocorrência e o desenvolvimento de eventos, por acaso, de forma satisfatória ou benéfica, entendendo o acaso como qualquer evento que acontece na ausência de qualquer projeto óbvio (aleatoriamente ou acidentalmente), que não é relevante para qualquer necessidade presente, ou no qual a causa é desconhecida.
Inovações apresentadas como exemplo de serendipidade apresentam uma característica importante: foram feitas por indivíduos capazes de “ver pontes onde outros viam buracos” e ligar eventos de modo criativo com base na percepção de um vínculo significativo.
A chance é um evento, a serendipidade uma capacidade. O Prêmio Nobel Paul Flory sugere que invenções significativas não são meros acidentes.

Serendipidade e descobertas científicas[editar | editar código-fonte]

A serendipidade pode desempenhar um papel importante na busca da verdade, mas em função do tradicional comportamento científico e pensamento científico baseado na logica e na previsibilidade é, muitas vezes, ignorado na literatura cientifica.
Pesquisadores bem sucedidos conseguem observar os resultados de forma atenta,com disposição para a analisarem um fenomeno sob as mais diversas e diferentes perspectivas. Questionam a si mesmos sobre pressupostos que não se encaixam com as observações empíricas. Percebendo que eventos serendipidados podem gerar importantes ideias de pesquisa, estes pesquisadores reconhecem e apreciam o inesperado, encorajando seus assistentes a observarem e discutirem fatos inesperados.
Serendipidade pode ser obtida em ambientes de grupos a fim de que a “massa critica” de cientistas multidisciplinares trabalhando unidos em um ambiente que favorece as comunicações, firmando a ideia de que o trabalho e interesse de um pesquisador pode ser compartilhado como outro que pode descobrir uma nova aplicação para um novo conhecimento.

Serendipidade e inovação[editar | editar código-fonte]

A serendipidade é tipicamente usada de forma incorreta como  sinônimo de oportunidade coincidência, sorte ou providência, um conceito que prejudica a apreciação do termo em relação á sua contribuição para o processos de inovação.
Trata-se de uma qualidade muitas vezes incompreendida para a descoberta e inovação. Pode se constituir numa ferramenta poderosa na contribuição de percepções inovadoras que conduzem à realização de visões empreendedoras. Entender o processo de seu desenvolvimento e utilização, os gestores e pesquisadores podem usar o acaso como importante contribuição para o sucesso competitivo da empres

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